Estudo destaca a Capital na 41ª posição, um avanço de 11 pontos em comparação a 2020
Palmas, a capital mais jovem do Brasil, ficou na 41ª posição no ranking geral do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) 2022, que avaliou os 101 municípios mais populosos do Brasil. Na edição anterior do ICE, em 2020, Palmas ficou na 53ª posição, ou seja, em dois anos a Capital tocantinense avançou 11 posições no estudo, saindo de 5,88439 pontos, em 2020, para 6,14850 pontos, em 2022. O ICE busca mostrar o ambiente de negócios mais eficiente, transparente e sem excesso de burocracia, com incentivos ao empreendedorismo.
“Palmas tem se destacado no cenário nacional com índices positivos em relação à economia. Acredito que essas posições são resultados de uma série de iniciativas e ações acertadas e tomadas com muita responsabilidade e zelo pela nossa população”, destaca a prefeita Cinthia Ribeiro.
O relatório do ICE 2022, publicado no dia 16 de março, coloca nas primeiras posições São Paulo (SP), 9,28724 pontos, Florianópolis (SC), 8,49622 pontos, e Curitiba (PR), 8,16874 pontos, respectivamente. O estudo foi elaborado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a Endeavor - organização sem fins lucrativos. Confira o estudo completo Índice de Cidades Empreendedoras - 2022.
“Estamos há dois anos convivendo com a pandemia do novo coronavírus, com grandes impactos social e econômico. Para superar essas dificuldades, a população tem adotado diversas medidas para gerar renda e a Prefeitura de Palmas implementando diversas ações para incentivar e estimular os pequenos negócios e o empreendedorismo”, explica a secretária municipal do Desenvolvimento Econômico e Emprego, Mila Jaber.
A secretária ressalta as medidas para reduzir a burocracia: criação da Casa do Empreendedor, juntando todos os serviços às empresas em um local; dispensa do alvará de funcionamento e do habite-se aos empreendimentos de baixo risco e em imóvel particular; emissão do alvará eletrônico e automação da consulta locacional. “Estamos em uma busca constante para impulsionar o empreendedorismo na nossa Capital, reduzindo a burocracia, possibilitando acesso ao crédito, oferecendo cursos e capacitações e modernizando a gestão pública”, pontua.
Detalhamento
No indicador ambiente regulatório, onde são avaliados o tempo de processos, tributação e complexidade burocrática, Palmas ficou na 53ª posição, com 5,9240 pontos. Em infraestrutura, sendo analisados o transporte interurbano e condições urbanas, Palmas ficou na 97ª posição, com 4,5145 pontos. No indicador mercado, onde são consideradas o desenvolvimento econômico e clientes potenciais, Palmas ficou na 26ª posição, com 6,6255 pontos.
Palmas ficou na 27ª posição nos indicadores acesso ao capital (capital disponível), com 5,9793 pontos, capital humano (acesso e qualidade da mão de obra básica e acesso e qualidade da mão de obras qualificada), com 6,7667 pontos. Nos indicadores inovação e cultura empreendedora Palmas ficou na 49ª posição, com 5,9796 pontos e 5,6040 pontos, respectivamente.
Poder Público
Para o professor do Programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e doutor em Sociologia, Alex Pizzio, é fundamental o papel do poder público no empreendedorismo, pois vivenciamos diversas mudanças no mundo do trabalho, com alterações na legislação trabalhista e novas regras do mercado, onde as pessoas têm buscado alternativas de renda. “O empreendedorismo possibilita alternativas para que as pessoas desenvolvam uma atividade produtiva e dentro da formalidade, contribuindo para o seu futuro, desde pagamentos impostos e também previdência”, explica.
Professor Pizzio destaca que o Poder Público precisa possibilitar as condições para essas pessoas se formalizarem como microempreendedores, microempresas ou empresas no geral. E indo além, também, o Poder Público precisa criar ações para garantir a viabilidade desses pequenos negócios para que realmente possibilite essa geração de renda.